sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola dos Primeiros Lugares

OS PRIMEIROS LUGARES

     Tendo Jesus entrado em casa de um dos principais fariseus a fim de ali tomar sua refeição, ao notar como os convidados escolhiam os primeiros assentos à mesa, propôs-lhes uma parábola, dizendo: “Quando fores por alguém convidado para um casamento, não te sentes no primeiro lugar, para não suceder que seja por ele convidada uma pessoa mais considerada do que tu e, vindo o que convidara a ti e a ele, te diga: dá o teu lugar a este; e então vás, envergonhado, ocupar o último lugar.
      Em vez disso, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: amigo, senta-te mais para cima; então será para ti uma honra diante de todos os demais convivas. Pois todo o que se exalta, será humilhado; e todo o que se humilha, será exaltado.”
                                                                                     (Lucas, Cap.14, v. 7-11)

     Com tal parábola, Jesus aconselha que cultivemos a humildade e o desprendimento, virtudes que, reiteradas vezes, apresentou como características essenciais do verdadeiro cristão.
     Adquiri-las, entretanto, não é nada fácil, pois requer o sacrifício de nosso personalismo, e os terrícolas, salvo raras exceções, estamos vivendo ainda uma fase da Evolução, em que predomina o “egoísmo”, ou seja, o amor exagerado a nós próprios, cada qual procurando garantir sua felicidade, sem preocupar-se com os outros, havendo alguns, mais atrasados, que pensam obtê-la conduzindo-se abertamente contra os outros.
     A felicidade real e duradoura, todavia, só será conhecida pelos homens à medida que se libertem de seus pensamentos e desejos egoístas; quando vivam, não apenas para si mesmos, mas para o bem de todos, transformando-se em instrumentos conscientes das forças superiores que trabalham pela redenção da Humanidade.
     “Sabeis – dissera o Mestre de outra feita – que os príncipes das gentes dominam os seus vassalos e que os maiores exercitam o seu poder sobre eles. Não serão assim entre vós outros; pelo contrário, o que quiser ser o maior entre vós, esse seja o que vos sirva, e o que quiser ser o primeiro, esse seja o vosso servo, assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos.” (Mateus cap..20, v. 25-28)
     Espiritualmente falando, não há, pois, para os discípulos do Cristo, outro privilégio senão o de servir, e servir por amor, com dedicação e altruísmo, pois o que se faça por interesse pessoal ou por vanglória não produz nenhum resultado superior.
     Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo, e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
O Espiritismo nos mostra, através das vidas sucessivas, outra aplicação dessa parábola. Os que, em uma encarnação, ocupem as mais altas posições na sociedade, mas se deixam dominar pela ambição, pelo orgulho e pela vaidade, colocando-se arrogantemente acima dos outros, poderão descer, na encarnação seguinte, às mais ínfimas condições. Por outro lado, os que suportem com paciência e resignação o infortúnio de uma existência de pobreza e de humilhações, receberão, a seu tempo, a devida recompensa.
     Não disputemos, pois, os lugares de destaque, nem aspiremos a ser dos primeiros entre os que rendem culto às fatuidades mundanas, nem nos afadiguemos na conquista da fortuna, para forçar o acatamento e as honras do conglomerado social a que pertencemos. Seja a nossa luta no sentido de eliminar as diferenças abismais que separam, uns dos outros, os filhos de Deus; seja o nosso ideal formar ao lado daqueles que dão o melhor de suas energias e capacidades para melhorar os homens a aperfeiçoar-lhes as instituições; e seja o nosso maior empenho aproveitarmos as muitas oportunidades que se nos apresentam, diariamente,  de sermos úteis e prestativos aos nossos semelhantes.
     Sobretudo, guardemo-nos de fazer alarde de nossos méritos pessoais, consideremo-nos sempre servos inúteis, atribuindo a Deus as boas coisas que possamos realizar, porquanto, “todo o que se exalta, será humilhado, e todo o que se humilha, será exaltado”.
                                                          Parábolas Evangélicas – Rodolfo Calligaris 3ª ed. RJ, FEB, 1983, pág. 81-84 –


AINDA A HUMILDADE

     A força da humildade!
     Grandiosa, passa na maioria das vezes como fraqueza, ante os conceitos gastos da falsa moral. Tão nobre que se desconhece a si mesma.
     Atravessa uma existência sem despertar atenção, e nisso reside a essência do seu valor.
     Serva fiel do dever, não malbarata o tempo nas frivolidades habituais que exaltam os ouropéis. Avança sempre, produzindo com objetividade na direção dos fins que busca colimar.
     A humildade é muito ignorada.
     Virtude excelente é precioso aroma de sutil característica que vitaliza os que a conduzem.
     Toma diversas aparências conforme as necessidades das circunstâncias em que se manifesta. Aqui é renúncia, cedendo a benefício geral, esquecida de si mesma; adiante é perdão a serviço da paz de todos; além é bondade discreta, produzindo esperança; hoje é indulgência para oferecer nova oportunidade; amanhã é beneficência para manter a misericórdia; é sempre a presença de Jesus edificando a felicidade onde quer que escasseie a colheita da luz.
     A humildade, porém, somente é possível quando inspirada nos ideais da verdade. Enquanto o homem não se abrasa da certeza da vida superior, a humildade não lhe encontra guarida.
     Sabendo que a Terra é uma escola de experiências e ensaios da vida para a verdade, do mundo somente lhe vê as oportunidades de progresso, compreendendo a necessidade de aproveitar as horas.
     Todos os grandes heróis do pensamento, os mártires da fé e os santos da renúncia  para lobrigarem o êxito dos objetivos a que ligaram a existência, se firmaram na humildade por saberem do pouco valor que representavam ante as grandes diretrizes da vida.
     A humildade em última análise representa submissão à vontade de Deus, doação plena e total às Suas mãos, deixando-se conduzir pela Sua Diretriz segura que governa o Universo.
    
     No culto da humildade não tenhas a presunção de resolver todos os problemas que te chegam. Preocupa-te em desincumbir-te fielmente dos deveres que te dizem respeito. Qualquer tarefa, por mais insignificante que te pareça, é de alta importância no conjunto geral. Faze, portanto, a tua função no concerto das coisas, consciente de que tua colaboração é preciosa e deve ser doada.
     Não ambiciones a tarefa que te não diz respeito. Aprende a considerar o labor alheio e produze o teu serviço cônscio da significação do que realizas, adornando de belezas o que passe pelo crivo do teu interesse e do teu zelo.
     Responderás diante da vida não pelo que gostarias de ter proporcionado, mas pelo que tiveste diante das possibilidades e de como te comportaste ante a ensancha.
     Cultiva a humildade.
      Humildade pela força da sua fraqueza nunca vai atingida: a lisonja não a envaidece, e a zombaria não a humilha. É inatingível pelo mal em qualquer expressão como se apresente.
     Olha o firmamento e faze um paralelo: as estrelas faiscantes e tu! Compreenderás o valor da humildade.
     Conquanto Jesus fosse o Arquiteto Sublime da Terra, não desconsiderou a carpintaria singela de José; caminhou imensos trechos descampados de solos agrestes a serviço do amor; conviveu com os mais difíceis caracteres sem melindres, sem falsa superioridade. Tão igual se fez aos infelizes que o acompanhavam que nem todos acreditaram fosse Ele “o escolhido”. No entanto, ainda aí não usou a presunção de convencer a ninguém, fazendo tudo aquilo para quanto veio e depois retornou, sereno, sem abandonar os que veio amar.
     Lição viva e desafiadora, a Sua vida é convite para que meditemos e vivamos, incorporando à nossa existência essa pérola sublime da redenção espiritual: a humildade!
     “Aquele que quiser tornar-se o maior, seja o vosso servo”.  Mateus: 20-27.
                                                   
                                                    Florações Evangélicas – Joanna de Ângelis –  Divaldo Pereira Franco.
                                                                           Cap.31

BOAS MANEIRAS

      “E assenta-te no último lugar.” (Lucas, 14:10)

     O Mestre, nesta passagem, proporciona inolvidável ensinamento de boas maneiras.
     Certo, a sentença revela conteúdo altamente simbólico, relativamente ao banquete paternal da Bondade Divina; todavia, convém deslocarmos o conceito a fim de aplicá-lo igualmente ao mecanismo da vida  comum.
A recomendação do Salvador presta-se a todas as situações em que nos vejamos convocados a examinar algo de novo, junto aos semelhantes. Alguém que penetre uma casa ou participe de uma reunião pela primeira vez, timbrando demonstrar que tudo sabe ou que é superior ao ambiente em que se encontra, torna-se intolerável aos circunstantes.
Ainda que se trate de agrupamento enganado em suas finalidades ou intenções, não é razoável que o homem esclarecido, aí ingressando pela vez primeira, se faça doutrinador austero ou reconduzir almas, é indispensável que o trabalhador fiel ao bem inicie o esforço, indo ao encontro dos corações pelos laços da fraternidade legítima. Somente assim, conseguirá alijar a imperfeição eficazmente, eliminando uma parcela de sombra, cada dia, através do serviço constante.
Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumprir a Lei.
Não assaltes os lugares de evidência por onde passares. E, quando, te detiveres com os nossos irmãos em alguma parte, não os ofusques com a exposição do quanto já tenhas conquistado nos domínios do amor e da sabedoria. Se te encontras decidido a cooperar pelo bem dos outros, apaga-te, de algum modo, a fim de que o próximo te possa compreender. Impondo normas ou exibindo poder, nada conseguirás senão estabelecer mais fortes perturbações.
PÃO NOSSO – Emmanuel – Chico Xavier – cap. 43


TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Modéstia, humildade
Apresentar uma cadeira (bem na entrada da sala) com papel colado escrito: RESERVADO PARA CONVIDADO ESPECIAL.
Obs.: não há nenhum, é apenas uma brincadeira. Contar isso só no final de aula.
Iniciar a aula dizendo que o convidado estava atrasado, perguntar se as crianças descobrem quem é, o que é um convidado especial? Dizer que já que o convidado não chegou, irá iniciar a aula.
Desenho de um burrico, levando carga ao lado de um menino (servindo com humildade), sem o rabinho. As crianças vão colorir e colar lã para fazer o rabinho.





Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação). 
Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).



Texto explicativo retangular com cantos arredondados: O que aconteceu com o homem que sentou no melhor lugar da festa?
Por que ele quis sentar ali?
O que Jesus ensinou que o homem deveria ter feito?
Devemos tratar melhor o pobre ou o rico?
Por que devemos tratar bem a todos? (Deus é Pai de todos, somos todos irmãos)
Quem tem empregada em casa, como a tratam?
Exemplifiquem coisas que podemos fazer no dia a dia na escola, em casa, no supermercado, no ônibus, para sermos crianças humildes e modestas. 

Quando você vai à casa de um amigo, deve permanecer respeitoso; por exemplo, se o amigo o convidar para uma brincadeira que você conhece bem, deve deixar que o anfitrião comece e conduza a brincadeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário