sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola dos Dois Fundamentos

A PARÁBOLA DOS DOIS FUNDAMENTOS

      “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
        E desceu a chuva, transbordaram  rios, sopraram os ventos, e deram ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque foi edificada sobre a rocha.
        E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as pratica, será comparado a um  homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
        E caiu a chuva, transbordaram os  rios,  sopraram  os ventos, e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande  a sua ruína.
        E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;
Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.”
                                                               (Mateus Cap.7, v.24-29)


No trecho evangélico em foco, o Mestre situou os seres humanos em duas categorias: numa, o homem sensato que edificou sua casa sobre a rocha, e  noutra, o imprudente que edificou sobre a areia movediça.
Aquele que leva vida sadia, moralizada, edificante, é o que constrói sobre a rocha, fazendo base sólida para sustentação do seu espírito nos embates da vida quando os tropeços e os obstáculos de toda a sorte se apresentam em sua frente. Aquele que vive ocioso e egoisticamente, mergulhado nos vícios e nas maquinações sub-reptícias, no ódio e no orgulho, edifica sua alma sobre a areia movediça.
Quando as tempestades, sob forma de tribulações, sopram sobre o sensato, encontram a fé e a resignação, não conseguindo produzir danos. Quando, todavia, sopram sobre o que vive nos caminhos do erro e da intemperança, causam quedas que demandam longas reparações.


No seio de qualquer religião terrena, ou mesmo fora dela, o ser humano pode adquirir virtudes santificantes, destacando-se entre os seus semelhantes pelo exemplo vivo do amor, pela dedicação e desapego, elevando sua alma e enobrecendo-a, avizinhando-se dos Espíritos sublimados.
Asseverando que é “o Caminho, a Verdade e a Vida”, e que “Ninguém iria ao Pai a não ser por Ele”, não quis Jesus ser dogmático ou exclusivista. Se esse fosse o Seu pensamento, que seria das criaturas que esposam ramos religiosos fora da órbita cristã? Afirmando que ninguém irá ao Pai a não ser por Seu intermédio, o Mestre pretendeu elucidar que o homem jamais irá ao Pai se não palmilhar as veredas delineadas pelos Evangelhos.
Mais importante de que crer no Cristo, é seguir-lhe os preceitos, é praticar o que Ele veio nos ensinar. O Meigo Pastor quer ação e não adoração.
O homem sensato edifica sua vida na virtude e nos atos nobres, adquirindo fé e certeza de que os sofrimentos terrenos são transitórios e servem para burilar os Espíritos, no decurso das vidas depuradoras, dando-lhes fortaleza para resistir aos vendavais das tribulações e da adversidade. Encontramos exemplos vivos de criaturas nobres a altruístas no seio de todas as religiões.
O homem imprevidente fundamenta sua vida sobre atos irrefletidos, crimes, ciúmes, inveja, avareza e outros vícios, preocupando-se, demasiadamente, com as coisas do mundo, e divorciando-se por completo das iniciativas que objetivam as aquisições nobilitantes da alma. Quando rugem os ventos das tribulações, causam o resfriamento da fé por falta de consistência, resultando daí a estagnação, o atraso moral, o materialismo e a revolta.
A Justiça Divina não é inflexível. O ser humano que envereda pelo caminho do erro pode, a qualquer momento, desviar o rumo de sua vida, iniciando um ciclo de atos bons e relevantes. Aquele que assim age, estará se capacitando de que é insensatez continuar a edificar sua vida sobre terreno inseguro, decidindo-se a fazê-lo sobre bases novas: difundindo os Evangelhos, e tomando a deliberação inabalável de levar a palavra do Cristo a todas as nações.

Aurelius Augustinos, (o S. Agostinho), inicialmente levando uma vida cheia de vícios, de sensualidade, e de desvarios, a dado momento, decidiu-se para uma vida apostolar, dedicando-se de corpo e alma à tarefa de disseminar os preceitos evangélicos.

Francisco de Assis edificou parte de sua existência sobre a areia movediça das preocupações terrenas, chegando ao ponto de tomar parte num conflito entre as cidades de Assis e Perúgia. Uma revelação conseguiu fazer com que mudasse radicalmente sua vida, transmudando-se no “poverello” simples e humilde, que exemplificou e viveu de modo amplo o Evangelho de Jesus.
Madalena, mergulhada nos vícios, no orgulho e na ostentação, construía os alicerces de sua vida no lodaçal. A presença de Jesus fez com que ela se transformasse na criatura dedicada, amorosa e exemplar, que seguiu o Mestre até os últimos momentos de sua missão terrena, servindo de paradigma para todas as gerações.
AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy


HOMENS DE FÉ

     Os grandes pregadores do Evangelho sempre foram interpretados à conta de expressões máximas do Cristianismo, na galeria dos tipos veneráveis da fé; entretanto, isso somente aconteceu, quando os instrumentos da verdade, efetivamente, não olvidaram a vigilância indispensável ao justo testemunho.
     É interessante verificar que o Mestre destaca, entre todos os discípulos, aquele que lhe ouve os ensinamentos e os pratica. Daí se conclui que os homens de fé não são aqueles apenas palavrosos e entusiastas, mas os que são portadores igualmente da atenção e da boa-vontade, perante as lições de Jesus, examinando-lhes o conteúdo espiritual para o trabalho de aplicação no esforço diário.
     Reconforta-nos assinalar que todas as criaturas em serviço no campo evangélico seguirão para as maravilhas interiores da fé. Todavia, cabe-nos salientar, em todos os tempos, o subido valor dos homens moderados que, registrando os ensinos e avisos da Boa Nova, cuidam desvelados, da solução de todos os problemas do dia ou da ocasião, sem permitir que suas edificações individuais se processem, longe das bases cristãs imprescindíveis.
     Em todos os serviços, o concurso da palavra é sagrado e indispensável, mas aprendiz algum deverá esquecer o sublime valor do silêncio, a seu tempo , na obra superior do aperfeiçoamento de si mesmo, a fim de que a ponderação se faça ouvida, dentro da própria alma, norteando-lhe os destinos.

                                        PÃO NOSSO – Emmanuel – Chico Xavier – Cap.9


Comentário de Kardec

“Os que dizem: Senhor, Senhor!”
Todos os que confessam a missão de Jesus, dizem: Senhor, Senhor! Mas de que vale chamá-lo Mestre ou Senhor, quando não se seguem os seus preceitos? São cristãos esses, que o homem através de atos exteriores de devoção, ao mesmo tempo sacrificam no altar do egoísmo, do orgulho, do cupidez e de todas as suas paixões? Serão seus discípulos os que passam o dia a rezar, mas não são melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com os seus semelhantes? Não; como os Fariseus, esses têm a prece nos lábios, mas não no coração. Com as fórmulas pode-se impor aos homens, mas não a Deus. Em vão dirão a Jesus: “Senhor, nós profetizamos, isto é, ensinamos em vosso nome; bebemos e comemos convosco.” Ele lhes responderá: “Não sei quem sois. Retirai-vos de mim, vós que cometeis iniqüidade, que desmentis as vossas palavras pelas ações, que caluniais o próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério! Retirai-vos de mim, vós, cujo coração destila ódio e fel, vós que derramais o sangue de vossos irmãos em meu nome, que fazeis correrem as lágrimas em vez de secá-las! Para vós, haverá choro e ranger de dentes, pois o Reino de Deus é para os que são mansos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade de vossas palavras e de vossas genuflexões. A via única que vos é aberta para que acheis graça em sua presença, é a prática sincera da lei do amor e da caridade.”
As palavras de Jesus são eternas porque são a verdade. Não são apenas a salvaguarda da vida celeste, mas o prêmio da paz, da tranqüilidade e da estabilidade nas coisas da vida terrena: eis porque todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão estáveis como a casa construída sobre a rocha. Os homens a conservarão, porque se sentirão felizes nelas. As que, porém, forem uma violação daquelas palavras, serão como a casa edificada na areia: o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão.

                   O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Kardec – Cap. XVIII – 9







TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Força espiritual
Apresentar um desenho de serrote, martelo, prego, pincel...
Questionar para que servem essas ferramentas?
Cada criança desenhará, recortará, colará sua casa em um único papel pardo, já desenhado nela uma rocha, onde se formará uma vila (escrever em cima do papel como título: vila do amor).






Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).
Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação).



Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde o primeiro construiu a casa?
Onde o segundo a construiu?
Quando veio a chuva, quem se sentiu melhor?
Quando fizermos o bem (ajudando em casa, dividindo material com colegas na escola, emprestando roupa para os irmãos) ficamos mais perto ou mais longe de Deus?
Quando me machuco é bom a mãe estar perto, não é?
E se além da mãe, tenho Deus por perto, não é melhor ainda?
A rocha protegeu o homem.
Deus é mais forte que uma rocha?
Fazendo o bem, estarei mais perto de Deus. Ele me protege.

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