sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola do Joio e do Trigo

A PARÁBOLA DO TRIGO E DO JOIO

       “Tendo Jesus saído de casa naquele dia, estava assentado junto ao mar. E, ajuntando-se muita gente ao pé Dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava de pé na praia...
         . . . E propôs-lhe outra parábola, dizendo: O reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;
         Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
         E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
         E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: - Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem então joio?
         E ele lhes disse: - Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: - Queres pois que vamos arrancá-lo?
         Porém ele lhes disse: Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele.
         Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: - Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar. Mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro.”
                                                                        (Mateus: Cap.13, v.1-2; 24-30)


       A Parábola do Joio e do Trigo é clara, não deixando qualquer dúvida quanto à sua interpretação, mormente em se considerando que o próprio Jesus, nos versículos 36 a 43 do mesmo capítulo do Evangelho de Mateus, dá a interpretação devida àquele ensinamento, apresentando a parábola destituída do seu sentido alegórico.
       Tudo o que emana de Deus é perfeito. É irretorquível a concepção de que tudo que foi revelado por Jesus, e o que está consubstanciado em sua Doutrina é completo e impecável, pois é isso o que se deduz da sua afirmação: “Nenhum só til de minhas palavras deixará de ser cumprido”.
       Deus criou os seus filhos com a elevada destinação de caminharem na senda do bem, colocando-os neste e em outros planetas, para o desempenho de um longo processo de aprimoramento e edificação. Concedeu-lhes, no entanto, um instrumento eficiente para ajudar-lhes a vencer os obstáculos e para propiciar-lhes aquisições espirituais de ordem relevante e permanente – o livre-arbítrio.
       A má aplicação desse livre-arbítrio ocasiona conseqüências imprevisíveis e funestas para os Espíritos, o que geralmente é traduzido em quedas e expiações. Mergulhados nos processos de resgate, muitos Espíritos se rebelam, transformando-se em autênticos “demônios”, que, embora vivendo transitoriamente nesse estado, podem facilmente ser equiparados à semente daninha do joio.
       Na qualidade de inimigos do Bem e da Verdade, esses Espíritos passam a desenvolver o lamentável papel de perturbadores da grandiosa obra de Deus e, na imensa seara que é o mundo, servem de entraves ao trabalho de aprendizagem dos bons, simbolizados pelo Mestre na semente do trigo.
       Poderia Deus retirar da Terra esses elementos rebeldes ou maus, deixando os bons, livres e desembaraçados para o desempenho das tarefas que devem aqui desenvolver. Entretanto, afirma o profeta: “Deus não quer a morte do ímpio, mas que ele se redima e viva”, consequentemente, tal separação seria incompatível com a misericórdia infinita e bondade do Criador de todas as coisas.
       Desta forma o Pai Celestial não permite que os maus sejam extirpados da Terra, porque, pelo exemplo e convivência oportuna com os bons e virtuosos, eles poderão se regenerar, o que, inapelavelmente, virá a ocorrer, nem que isso demande séculos ou milênios. A lei da reencarnação se encarregará de processar essa lapidação.
       Uma razão pela qual o Pai de família da parábola diz: “Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo”. Nem todos os homens, transitoriamente maus, são rebeldes ao ponto de não ceder, aos poucos, ao imperativo da lei do progresso espiritual. Muitos deles podem ser regenerados com pouco esforço.
       Considerando que o homem catalogado como mau não pode der considerado bom, e nem incluído no rol dos obstinados e recalcitrantes, que se encastelam na rebeldia e dali não querem se afastar, é óbvio que, extirpando-se os maus, muitos destes seriam fatalmente envolvidos nesse conjunto. Isso é o que a parábola objetiva demonstrar: a erradicação do joio significaria a eliminação de muito trigo.
       Muitos homens são maus por ignorância, por falta de uma educação sadia e, muitas vezes, por influência do meio-ambiente. É o joio que deverá crescer no meio do trigo, pois essa convivência é das mais salutares.
       A parábola ainda afirma que, na ceifa, os ceifeiros colherão o trigo e o guardarão no celeiro, ao passo que o joio será atado em feixes e queimado. Quando tivermos ultrapassado os tempos das grandes tribulações preditas pelo Cristo, e quando a “nova Jerusalém”, mencionada no Apocalipse, tiver baixado à Terra, a Humanidade será mais feliz e espiritualizada. Ocorrerá, então, a ceifa profetizada na parábola: os bons permanecerão no mundo, pois no Sermão da Montanha aprendemos que “os mansos herdarão a Terra”, e os que, obstinadamente, persistirem na prática do mal, após esgotados todos os recursos dos benfeitores espirituais no sentido de conduzi-los à senda do Bem, serão desterrados para planetas ainda em fase incipiente de evolução, onde ainda reina “o pranto e o ranger de dentes”.
                               AS MARAVILHOSAS PARÁBOLAS DE JESUS – Paulo Alves Godoy.

O HOMEM NO MUNDO

                   Aqueles que se reúnem sob as vistas do Senhor, a implorar a assistência dos bons Espíritos, devem ser animados sempre nos sentimentos de piedade. Purificai o coração, não conservando idéia alguma mundana ou frívola. Elevai o espírito até aqueles que invocai, a fim de que, achando as necessárias disposições, possam lançar profusamente a semente que há de germinar em vosso coração e aí deixar os frutos de caridade e justiça.
                   Não creiais, no entanto que, por vos incitar incessantemente à oração e à evocação mental, nós vos convocamos a viver a vida mística fora das leis da sociedade, onde estais condenados a viver. Não, vivei com os homens da época, como devem viver os homens. Sacrificai-vos às necessidades, mesmo às frivolidades contemporâneas, mas fazei-o com o sentimento de pureza que os possa santificar.
                   Fostes convidados a ficar em contato com criaturas de natureza diferente e de caráter oposto. Não choqueis algum desses com quem vos achais. Sede alegres, contentes, dessa alegria que tranqüiliza a consciência, desse contentamento de quem conta os dias para receber no Além a sua herança.
                   A virtude não consiste em se mostrar aspecto severo e lúgubre, em se furtar aos prazeres permitidos pelas condições humanas. O bastante, ao começar ou findar uma obra, é elevar o pensamento ao Criador e suplicar-lhe, num transporte de alma, a sua proteção para vencer, ou a sua benção pela obra terminada. Seja o que for que façais, pensai na origem de todas as coisas, e nada executeis sem que a idéia de Deus venha purificar e santificar os vossos atos.
                   A perfeição se integraliza na prática absoluta da caridade, ensinada por Jesus, mas esses deveres se estendem a todas as posições sociais, desde o menor ao maior elemento. O homem que vivesse insulado, não teria caridade a exercer, pois só ao contato dos semelhantes, nas mais penosas lutas, é que ele encontra a ocasião. Quem se isola, priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de perfeição; pensando apenas em si converte a sua vida na do egoísta.
                   Assim, pois, não imagineis que, para viver em permanente comunicação conosco, e sob as vistas do Senhor, seja preciso submeter-vos ao cilício e cobrir-vos de cinzas. Não e não, ainda uma vez! Sede felizes, segundo as necessidades humanas, contanto que nessa felicidade não entre jamais nem ato, nem pensamento ofensivo, ou que faça voltar o rosto dos que vos amam e dirigem. Deus ama e abençoa os que O amam santamente. (Um Espírito Protetor, Bordéus, 1863).
                   O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Kardec – XVII – 10.

BUSCANDO A LUZ



Não te iludas, meu amigo,
A vida é eterno volver. . .
A roseira decepada,
Voltará a florescer. . .

Olha a semente de trigo
Encarcerada no chão. . .
Ei-la que, em breve, ressurge
Para o milagre do pão. . .

Contempla o incêndio que lavra
Sobre a floresta, voraz. . .
Cai a chuva de mansinho
E a floresta se refaz.

A lagarta no casulo,
Aparentemente morta,
Transforma-se em bailarina
No vôo em que se transporta. . .

No horizonte, o Sol se oculta
E apaga a luz que irradia,
Entretanto, após a noite,
Brilhará um novo dia.

Em verdade, ninguém chega
Ao termo da caminhada. . .
Onde uma estrada termina,
Começa uma nova estrada. . .

Vida e morte, morte e vida,
São estágios naturais
Nas vidas que se sucedem
Sem que se extingam, jamais. ..

Nascer, morrer, renascer. . .  –
Eis a que a Lei nos concita,
Buscando alcançar a luz
Da Perfeição Infinita!



 DOR E LUZ – Eurícledes Formiga – Carlos Baccelli – cap.18






TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Exemplificação, aprender com o próximo
Apresentar feijão misturado com a sujeira.
Questionar o que as mães fazem antes de preparar o feijão?
Desenho livre: colocar por baixo do papel, ramos de trigo, passar lápis cera e iniciar o desenho.







Separando grãos:
Para ver quão difícil é separar coisas semelhantes, traga um pacote de grãos misturados e peça as crianças para separarem em pilhas de acordo com o tamanho ou o tipo (você pode misturar: lentilha, ervilha, feijão, milho...).
Outra alternativa é trazer um pacote de chá mate (a granel) e perguntar às crianças se vêem alguma diferença. Depois, usando peneiras de vários tamanhos, ir peneirando o chá e perceber que há tamanhos diferentes no chá: de pedaços maiores a farelo fininho.

Quebra-cabeça:
Pegue duas folhas de papel e escreva duas frases diferentes em cada uma; ou imprima um mesmo desenho (colorido diferentemente). Corte as folhas ao mesmo tempo, como um quebra-cabeça. Misture as peças dos dois desenhos e dê às crianças para que montem. No final as peças devem encaixar sem problemas, mas a imagem ou frase não irá fazer sentido.
Sugira às crianças que troquem peças entre os dois jogos para formar a imagem/frase certa.
Você pode usar este jogo para demonstrar a dificuldade dos agricultores ao tentar separar o joio do trigo, afinal eles são muito parecidos quando plantas novas, mas ao crescerem a diferença fica mais visível - assim como as crianças montaram uma imagem similar, mas desencontrada e depois conseguiram separar as peças certas.


Plantas e sementes:
Plante grãos de feijão num copo de vidro ou plástico. Coloque algodão ou papel toalha dentro de um pote de vidro ou plástico. Coloque o grão de feijão sobre o algodão e mantenha úmido. Observe a planta crescendo ao longo das semanas. Você pode plantar diferentes grãos e observar as diferenças.
Você pode decidir fazer um mês de histórias sobre plantas e sementes para acompanhar o crescimento da plantinha, por exemplo, a Parábola do Semeador e a do Grão de Mostarda.


Texto explicativo retangular: O que plantou o homem?
O que fez seu inimigo?
O homem que plantou ficou bravo e tentou fazer algo ruim para o inimigo?
Trigo é bom para o homem?
O que podemos fazer com ele?
Joio é bom para o homem?
O que Jesus veio nos ensinar?
Dar exemplo do que é fazer o bem.
Quando fizermos o bem, somos iguais ao trigo que é bom ou igual ao joio que é ruim?
Um ladrão se parece mais com o trigo ou com o joio?
Por que Deus não tira os ladrões da Terra? (Para que eles aprendam com as pessoas boas a fazer o bem. Assim como o homem deixou o trigo e o joio crescerem juntos, o homem que faz o mal, vive junto ao que faz o bem para aprender o bem). 
Se Deus colocasse só ladrão com ladrão, eles iriam aprender a fazer o bem?
Quem conhece uma pessoa bem legal?
Gostam de ficar perto dela?
Perto dela aprendem coisas boas?
Pois assim pode ser vocês com um amigo que faz coisas erradas.
Vocês sendo bons, vão ensinar a ele também como ser bom.



 



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