sábado, 31 de dezembro de 2011

Parábola do Filho Pródigo

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO

            “Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: - Pai, dá-me a parte que me cabe dos bens.
                E ele lhes repartiu os haveres.
                Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
                Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
                Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
                Ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
                Então, caindo em si, disse: - Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
                Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi: - Pai, pequei contra o céu e contra ti;
                Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
                E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando o seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou.
                E o filho lhe disse: - Pai, pequei contra o céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho.
                O pai, porém, disse aos seus servos: - Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, pondo-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
                Trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos.
                Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
                E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio e chegou perto da casa, ouviu  a música e as danças.
                E, chamando um dos servos perguntou-lhe que era aquilo.
                E ele lhe disse: - Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
                Mas ele se  indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele.
                Mas, respondendo ele disse ao pai: - Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com meus amigos;
                Vindo, porém este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
                E ele lhe disse: - Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
                Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque teu irmão estava morto e reviveu; e tinha-se perdido e achou-se.”
                                                                                                                                             (Lucas: Cap.l5, v.11-32)


Evidentemente a Parábola do Filho Pródigo é a mais consoladora, a mais bela e a mais edificante página dos Evangelhos, encerrando o duplo mérito de revelar  toda a grandiosidade do amor de Deus para com Seus filhos, e destruir pela base as tão absurdas teorias das penas eternas e do pecado chamado irremissível.
Reiteradamente, afirmava Jesus que muitos dos homens de sua época “tinham olhos, mas não viam, tinham ouvidos, mas não ouviam”. Essa afirmação do Mestre tem também aplicação nos dias atuais, quando alguns ensinamentos religiosos ultrapassados, não permitem que se veja,na referida parábola, a mais insofismável e decisiva afirmação contra as tão decantadas penas eternas.
Um confronto, ainda que bastante superficial entre o Criador e a criatura, seria o bastante para destruir essa abominável concepção religiosa. Se o homem, eivado de imperfeição, não concilia a idéia de condenar um seu filho e o máximo que poderá fazer é aplicar ligeiros corretivos; e não se deve supor, de forma alguma, que Deus, perfeição absoluta e expressão máxima do amor, pudesse agir de modo diverso, através de suas leis imutáveis, punindo de fome eterna os seus frágeis filhos, que transgridem as suas leis.
Na Parábola do Filho Pródigo, Jesus Cristo deixou transparecer todo o amor de Deus, que não se limita a aguardar a volta do filho fracassado, mas, vai buscá-lo nos caminhos da vida, fazendo-o através dos seus mensageiros de amor e bondade, que tudo fazem para soerguer aqueles que desfalecem, preparando-os para novos aprendizados reedificantes, no decorrer de novas vidas com a aplicação da magnânima lei de reencarnação.
A aceitação da teoria esdrúxula das penas eternas implicaria na repulsa daquele filho transviado: o “pai da parábola” deveria se limitar a fechar as portas do seu lar àquele filho que esbanjara tão prodigamente os seus bens, acumulados com tantos sacrifícios, ordenando que ele fosse severamente punido.
O ato do pai, acolhendo em seu seio aquele filho transviado, fazendo-o com satisfação e com festa, simboliza bem o amor incomensurável de Deus, traduzido naquelas palavras do Meigo Nazareno: Há mais alegria nos céus por um pecador que se regenera, de que por noventa e nove justos que perseveram.” Como reforço a essa ponderação, devemos também salientar a afirmação D’Ele: “Qual o pastor que não deixa o rebanho sujeito ao assédio dos lobos ferozes e tudo faz na procura de uma ovelha tresmalhada, sendo grande a sua alegria quando a encontra?”
Não se concebe a idéia de um Pai que cria os seus filhos pusilânimes, para após qualquer deslize condená-los a habitar os domínios de um decantado príncipe dos demônios. Tal idéia jamais poderá prevalecer num século de destacado progresso espiritual. A sua aceitação seria a negação pura e simples de toda a virtude, de toda a sabedoria, de toda a misericórdia e de todo amor.
Não é esse Deus que o Espiritismo apregoa. Esse Deus pertence aos egoístas, aos maus e aos rancorosos. O Deus             que o Espiritismo apresenta é um Pai de clemência, infinitamente Bom e a Expressão Máxima da tolerância e da brandura.
Deixemos, pois, de lado o Deus-inquisitorial da Idade-Média; o Deus dos antigos israelitas, consubstanciado no Jeová dos Exércitos; os deuses dos antigos povos politeístas, e consagremos a imagem de um Deus Onipotente, Onisciente, Eqüitativo e Bom.
Abandonemos o Deus que se fecha num paraíso exclusivista, que se compraz no gozo de ladainhas intermináveis, que se deleita com as preces de homens intolerantes e eivados de maldade, e exaltemos o Pai Infinito que abre as portas dos páramos mais elevados do Grande Além, não apenas para receber as “almas eleitas”, mas, precipuamente, enviar os grandes missionários da luz, para recolherem as almas falidas nos escabrosos caminhos da vida.
Posterguemos o Deus das adorações contemplativas,  e alegremo-nos por termos por Pai um Deus que é todo vibração, trabalho, amor e ação.
Devemos sentir em nossos corações um Deus que quer mais a ação, e coloca em segundo plano a adoração por parte dos seus filhos.
·         * *
É óbvio, na narrativa evangélica, que o Filho Pródigo representa os que Deus coloca nos caminhos da vida, para o aprendizado comum, e que, por uma razão ou outra, vem a falir no desempenho das tarefas peculiares ao processo evolutivo.
            Em outras palavras, o Filho Pródigo da parábola simboliza a parcela de criaturas humanas que é cumulada de bens para o desempenho satisfatório de determinada tarefa e que, por invigilância, prevaricação ou desídia, vem a fracassar, retornando ao mundo espiritual sem ter praticado os atos meritórios, .mas como “um morto que reviveu”, dotado de experiência suficiente para poder prosseguir a sua tarefa ascensional rumo ao Criador, em futuras vidas na Terra ou em “outras moradas da casa do Pai”. Tudo isso confirmando o dizer evangélico de que “há mais alegria nos Céus por um pecador que se regenera, de que por noventa e nove justos que perseveram no caminho do bem.”
            O irmão do Filho Pródigo, por outro lado, representa a outra parcela de seres humanos: aqueles que se encastelam nas muralhas dos dogmas, julgando-se os únicos herdeiros das coisas celestiais e os monopolizadores da verdade, arrogando-se ao qualificativo de “eleitos” ou  “escolhidos”, jamais tolerando que os seus irmãos, que eles qualificam de “hereges” venham a ser, um dia, recebidos na Casa do Pai com o mesmo amor e carinho a eles dispensados.
            Esses homens avocam a si o título de herdeiros do Reino de Deus, fazendo-o simplesmente pelo fato de se assentarem nos bancos das igrejas e templos da Terra, cumprindo exteriormente as ordenações que suas religiões prescrevem, revoltando-se intimamente pelo fato de Deus cobrir com Seu infinito amor todos aqueles que “estiverem sobrecarregados” nos caminhos da vida, mas que uma experiência tardia levou de volta ao roteiro do bem.
            Foi a atitude egoísta de homens dessa estirpe, que levou o Cristo a proclamar: - “Muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão ao lado de Abraão, de Isaac e de Jacó, no reino dos Céus”.
            Foi a demonstração de falta de amor desses homens, que levou  o Cristo a exclamar: - “Os publicanos e as meretrizes entrarão no reino dos Céus adiante de vós.”
                                                           - As maravilhosas Parábolas de Jesus – Paulo Alves Godoy -



FILHOS PRÓDIGOS


            Examinando-se a figura do filho pródigo, toda gente idealiza um homem rico, dissipando possibilidades materiais nos festins do mundo.
            O quadro, todavia, deve ser ampliado, abrangendo as modalidades diferentes.
            Os filhos pródigos não respiram somente onde se encontra o dinheiro em abundância. Acomodam-se em todos os campos da atividade humana, resvalando de posições diversas. 
            Grandes cientistas da Terra são perdulários da inteligência, destilando venenos intelectuais, indignos das concessões de que foram aquinhoados. Artistas preciosos gastam, por vezes, inutilmente, a imaginação e a sensibilidade, através de aventuras mesquinhas, caindo, afinal, nos desvãos do relaxamento e do crime.
            Em toda parte, vemos os dissipadores de bens, de saber, de tempo, de saúde, de oportunidades...
            São eles que, contemplando os corações simples e humildes, em marcha para Deus, possuídos de verdadeira confiança, experimentam a enorme angústia da inutilidade e, distantes da paz íntima, exclamam desalentados:
-          “Quantos trabalhadores pequeninos guardam o pão da tranqüilidade, enquanto a fome de paz me tortura o espírito!”
O mundo permanece repleto de filhos pródigos e, de hora a hora, milhares de vozes proferem aflitas exclamações iguais a esta.
                                                                                        - PÃO NOSSO – EMMANUEL –Chico Xavier – cap. 24

O FILHO EGOÍSTA


                “Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo, há tantos anos, sem jamais transgredir um mandamento teu, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.”(Lucas, 15:29)

            A parábola não apresenta somente o filho pródigo. Mais aguçada atenção e encontraremos o filho egoísta.
            O ensinamento velado do Mestre demonstra dois extremos da ingratidão filial. Um reside no esbanjamento; o outro, na avareza. São as duas extremidades que fecham o círculo da incompreensão humana.
            De maneira geral, os crentes apenas enxergaram o filho que abandonou o lar paterno, a fim de viver nas estroinices do escândalo, tornando-se credor de todas as punições; e raros aprendizes conseguiram fixar o pensamento na conduta condenável do irmão que permanecia sob o teto familiar, não menos passível de repreensão.
            Observando a generosidade paterna, os sentimentos inferiores que o animam sobem à tona e ei-lo na demonstração de sovinice.
            Contraria-o  a vibração de amor reinante  no ambiente doméstico; alega, como autêntico preguiçoso, os anos de serviço em família; invoca, na posição de crente vaidoso, a suposta observância da Lei Divina e desrespeita o genitor, incapaz de partilhar-lhe o justo contentamento.
            Esse tipo de homem egoísta é muito vulgar nos quadros da vida. Ante o bem-estar e a alegria dos outros, revolta-se e sofre através da secura que o aniquila e do ciúme que o envenena.
            Lendo a parábola com atenção, ignoramos qual dos filhos é o mais infortunado, se o pródigo, se o egoísta, mas atrevemo-nos a crer na imensa infelicidade do segundo, porque o primeiro já possuía a bênção do remorso em seu favor.
PÃO NOSSO – Emmanuel – Chico Xavier – Cap. 157

TEMA
INCENTIVO INICIAL
ATIVIDADE
Amor e auxílio de Deus na correção de nossos atos
Apresentar desenho de um saco aberto cheio de moedas (colar umas moedas).
Questionar: quem gostaria de ganhar um desses do seu pai? O que faria?
Desenho livre do encontro da criança com Jesus
         Quem representa o Filho Pródigo?
         O que ele fez de errado?
         O pai representa quem?
         O pai o perdoou?
         O filho mereceu o amor do pai novamente?
         O que ele fez para merecer?
         Se ele continuasse a agir como no início da parábola, o pai iria ficar feliz?
         O irmão mais velho ficou magoado com o pai? Por quê?
         O que demonstrou com a atitude dele?
         Alguém já fez algo de errado e tentou depois corrigir o erro?
         Como se sentiu enquanto estava agindo errado e depois que corrigiu o erro?






Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação). 
Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).


Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Por que o Senhor ficou feliz quando voltou das bodas? (viu o servo, que vigiando, logo foi abrir a porta).
Por que ele se sente tão feliz vendo o seu servo vigiar? (Sabia que ele estava disposto, estava trabalhando)
Como o senhor tratou o servo quando o viu vigiar? (Com respeito, foi servi-lo) 
Devemos respeitar as pessoas que nos auxiliam: o professor na escola, a empregada, o porteiro...
Nós somos servos? (Sim)
Quem é o nosso senhor? (Deus)
Como podemos estar vigiando? (Trabalhando no bem. Fazer o bem aqui na Terra é estar disposto para o trabalho que Jesus nos ensinou).
Por que devemos vigiar? (Nunca sabemos a hora de voltar para a cidade dos Espíritos. Nessa hora teremos que explicar o bem ou o mal que fizemos).

Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Onde eu estava antes de nascer? (Com amigos, numa cidade espiritual)
Por que vivo junto às pessoas da minha família? (Para aprender coisas boas. Ajudar, não brigar, estudar...)
Se errarmos quando estamos aprendendo a escrever, o que a professora faz? (Ensina novamente até que eu aprenda)
Se eu me vestir errado, o que a mamãe faz? (Orienta para que eu acerte na próxima)
Se as pessoas que estão ao meu redor sempre me dão novas oportunidades de aprender, o que Deus faz quando não aprendemos tudo o que seria bom para nós em uma vida? (Dá nova oportunidade através da reencarnação).


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